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EDUCAÇÃO AMBIENTAL
EDUCAÇÃO AMBIENTAL

 

05-04-2011 22:31:30

 

04-04-201122:27:38

EDUCAÇÃO AMBIENTAL,

CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE

PEDRO JACOBI

Professor Associado da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação

em Ciência Ambiental da USP

prjacobi@terra.com.br

 

RESUMO

    Areflexão sobre as práticas sociais, em um contexto marcado pela degradação permanente domeio ambiente e do seu ecossistema, cria uma necessária articulação com a produção de sentidos sobre a educação ambiental. A dimensão ambiental configura-se crescentemente comouma questão que diz respeito a um conjunto de atores do universo educativo, potencializando oenvolvimento dos diversos sistemas de conhecimento, a capacitação de profissionais e a comunidade universitária numa perspectiva interdisciplinar. O desafio que se coloca é de formular umaeducação ambiental que seja crítica e inovadora em dois níveis: formal e não formal. Assim, eladeve ser acima de tudo um ato político voltado para a transformação social. O seu enfoque devebuscar uma perspectiva de ação holística que relaciona o homem, a natureza e o universo, tendocomo referência que os recursos naturais se esgotam e que o principal responsável pela suadegradação é o ser humano.

CIDADANIA – ECOLOGIA – EDUCAÇÃO AMBIENTAL

 

ABSTRACT

     ENVIRONMENTAL EDUCATION, CITIZENSHIP AND SUSTAINABILITY. To reflect upon socialpractices, in a context marked by a permanent degradation of the environment and its ecosystem,involves a necessary articulation with the production of meanings on environmental education.The environmental dimension is now increasingly configured as an issue that comprises a team ofplayers from the educational universe, strengthening the involvement of different knowledge systems,professional capacity building and the university community in an interdisciplinary perspective.The challenge posed is to formulate environmental education that is both critical and innovativeon both the formal and informal levels. Thus, it must be primarily a political act concerned withsocial transformation. Its focus should be on searching for a holistic action perspective that correlatesmankind, nature and the universe, having as a reference point the fact that natural resources runout and that mankind bears the main responsibility for its degradation.

CITIZENSHIP – ECOLOGY – ENVIRONMENTAL EDUCATION

DESENVOLVIMENTO, MEIO AMBIENTE E PRÁTICAS EDUCATIVAS

     A reflexão sobre as práticas sociais, em um contexto marcado pela degradação permanente do meio ambiente e do seu ecossistema, envolve uma necessária articulação com a produção de sentidos sobre a educação ambiental. A dimensão ambiental configura-se crescentemente como uma questão que envolveum conjunto de atores do universo educativo, potencializando o engajamentodos diversos sistemas de conhecimento, a capacitação de profissionais e a comunidade universitária numa perspectiva interdisciplinar. Nesse sentido, a produçãode conhecimento deve necessariamente contemplar as inter-relações do meionatural com o social, incluindo a análise dos determinantes do processo, o papeldos diversos atores envolvidos e as formas de organização social que aumentam opoder das ações alternativas de um novo desenvolvimento, numa perspectivaque priorize novo perfil de desenvolvimento, com ênfase na sustentabilidadesocioambiental.

     Tomando-se como referência o fato de a maior parte da população brasileiraviver em cidades, observa-se uma crescente degradação das condições de vida,refletindo uma crise ambiental. Isto nos remete a uma necessária reflexão sobre osdesafios para mudar as formas de pensar e agir em torno da questão ambientalnuma perspectiva contemporânea. Leff (2001) fala sobre a impossibilidade de resolver os crescentes e complexos problemas ambientais e reverter suas causas semque ocorra uma mudança radical nos sistemas de conhecimento, dos valores e doscomportamentos gerados pela dinâmica de racionalidade existente, fundada no aspecto econômico do desenvolvimento.

     A partir da Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental realizada em Tsibilisi (EUA), em 1977, inicia-se um amplo processo em nível globalorientado para criar as condições que formem uma nova consciência sobre o valorda natureza e para reorientar a produção de conhecimento baseada nos métodosda interdisciplinaridade e nos princípios da complexidade. Esse campo educativotem sido fertilizado transversalmente, e isso tem possibilitado a realização de experiências concretas de educação ambiental de forma criativa e inovadora por diversos segmentos da população e em diversos níveis de formação. O documento daConferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade, Educação e Consci-ência Pública para a Sustentabilidade, realizada em Tessalônica (Grécia), chama aatenção para a necessidade de se articularem ações de educação ambiental baseadas nos conceitos de ética e sustentabilidade, identidade cultural e diversidade,mobilização e participação e práticas interdisciplinares (Sorrentino, 1998).

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: ATORES, PRÁTICAS E ALTERNATIVAS

     Nestes tempos em que a informação assume um papel cada vez mais relevante, ciberespaço, multimídia, internet, a educação para a cidadania representam apossibilidade de motivar e sensibilizar as pessoas para transformar as diversas for-Cadernos de Pesquisa, n. 118, março/ 2003 193mas de participação na defesa da qualidade de vida. Nesse sentido cabe destacarque a educação ambiental assume cada vez mais uma função transformadora, naqual a co-responsabilização dos indivíduos torna-se um objetivo essencial para promover um novo tipo de desenvolvimento – o desenvolvimento sustentável. Entende-se, portanto, que a educação ambiental é condição necessária para modificarum quadro de crescente degradação socioambiental, mas ela ainda não é suficiente, o que, no dizer de Tamaio (2000), se converte em “mais uma ferramenta demediação necessária entre culturas, comportamentos diferenciados e interesses degrupos sociais para a construção das transformações desejadas”. O educador tem afunção de mediador na construção de referenciais ambientais e deve saber usá-loscomo instrumentos para o desenvolvimento de uma prática social centrada no conceito da natureza.

     A problemática da sustentabilidade assume neste novo século um papel central na reflexão sobre as dimensões do desenvolvimento e das alternativas que seconfiguram. O quadro socioambiental que caracteriza as sociedades contemporâ-neas revela que o impacto dos humanos sobre o meio ambiente tem tido conseqüências cada vez mais complexas, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos.

    O conceito de desenvolvimento sustentável surge para enfrentar a crise ecológica, sendo que pelo menos duas correntes alimentaram o processo. Uma primeira, centrada no trabalho do Clube de Roma, reúne suas idéias, publicadas sob otítulo de Limites do crescimento em 1972, segundo as quais, para alcançar a estabilidade econômica e ecológica propõe-se o congelamento do crescimento da população global e do capital industrial, mostrando a realidade dos recursos limitados eindicando um forte viés para o controle demográfico (ver Meadows et al., 1972).Uma segunda, está relacionada com a crítica ambientalista ao modo de vida contemporâneo, e se difundiu a partir da Conferência de Estocolmo em 1972. Temcomo pressuposto a existência de sustentabilidade social, econômica e ecológica.Estas dimensões explicitam a necessidade de tornar compatível a melhoria nos ní-veis e qualidade de vida com a preservação ambiental. Surge para dar uma respostaà necessidade de harmonizar os processos ambientais com os socioeconômicos,maximizando a produção dos ecossistemas para favorecer as necessidades humanas presentes e futuras. A maior virtude dessa abordagem é que, além da incorporação definitiva dos aspectos ecológicos no plano teórico, ela enfatiza a necessidadede inverter a tendência auto destrutiva dos processos de desenvolvimento no seuabuso contra a natureza ( Jacobi, 1997).

https://www.scielo.br/pdf/cp/n118/16834.pdf >. Acesso em: 04 de abril. 2011.

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